Abraçar e beijar animais

Abraçar e beijar animais

Abraçar e beijar animais

Não são poucos os donos de cães e gatos que beijam os seus animais mas o que eles não sabem é que isso pode ser não só pouco higiénico como, em certos casos, perigoso.

Com animais bem cuidados e saudáveis, os abraços são naturalmente permitidos

 O próprio Homem é portador de inúmeros germes e fungos e dissemina, no ambiente em seu redor, milhões de células mortas que servem de alimento aos ácaros… O mesmo acontece com os animais.

Cuidados com parasitas e doenças

Devemos pensar duas vezes antes de permitir ao nosso fiel amigo dormir na nossa cama. Carraças e pulgas podem agarrar-se ao pelo dos animais durante as suas caminhadas diárias e tal, além de desconfortável, pode ter consequências para a saúde. As pulgas podem transmitir ténias, carraças, borreliose de Lyme e encefalite do carrapato. Neste sentido, é crucial proteger o seu animal de estimação. Particularmente desconfortáveis e potencialmente perigosas são as carraças que se alojam no pelo do animal e se alimentam do seu sangue, mantendo-se sempre em busca de uma nova vítima, que pode ser uma pessoa. Este problema não se coloca, naturalmente, no caso de gatos de interior. Quando algum dos seus animais de estimação estiver doente, mesmo que se tratem de problemas menos graves, como doenças do trato gastrointestinal ou infeções respiratórias, reconsidere a partilha da mesma cama com eles.

Dar beijos ao nosso animal de estimação

Não nos devemos esquecer que, por exemplo, se em determinada ocasião o cão se encontra, durante um passeio, a cheirar os dejetos de um companheiro de quatro patas, na seguinte poderemos nós estar a dar-lhe beijos. O Professor Wilfried Kraft, docente de Medicina Veterinária na Universidade de Munique, adverte para o facto de um beijo poder transmitir ao animal Helicobacter pylori, uma bactéria frequentemente associada a úlceras grásticas. E, claro, um dono infetado com esta bactéria poderá facilmente passá-la ao seu animal.

O contacto com outros animais estimula o sistema imunitário

 “O que não mata, engorda“ é um velho ditado popular que significa que nos mantemos saudáveis quando o nosso sistema imunitário está a funcionar bem. Os filhos dos camponeses não viviam em locais particularmente limpos nem livres de germes. Alguns brincavam no estábulo, partilhavam a sua comida com o cão da quinta e com as galinhas. Refiram-se também as crianças que resgatam animais abandonados e que os acompanham ao veterinário e cuidam deles – é claro que estas crianças tomam banho e não vivem no meio da sujidade, mas simplesmente têm maior contacto com uma maior variedade de germes.

Facto é que segundo uma publicação do Pet Health Council britânico os animais ajudam até a reduzir o risco de alergias: “Dar mimos e carícias aos animais orienta o sistema imunitário das crianças e evita, na idade adulta, alergias ao pólen, ácaros e pelos de animais“. Um estudo recentemente publicado pela Universidade de Munique concluiu que crianças que tenham contacto regular com animais apresentam menos alergias respiratórias do que as restantes.

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