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A decisão está tomada: a sua família vai ter um novo membro de quatro patas. Agora é a altura de procurar o patudo que mais se adequa à sua família. Em primeiro lugar é preciso decidir se o seu novo amigo será um cão de raça ou se será um rafeiro, ou seja, um cão sem raça determinada e cujos pais dificilmente conhecerá. Em seguida considere onde pode encontrar o seu patudo: junto de um criador de cães de raça ou se vai a uma associação protetora de animais.
Os cães de raça pura têm, por definição, um aspeto padronizado e reconhecido. Assim, um cão de raça preenche sempre determinados requisitos e pode ter um registo oficial onde encontra as informações sobre os seus antepassados. Por outro lado, um cão rafeiro é um cão sem raça determinada, já que os seus antepassados podem ser de variadas raças. Por vezes é possível identificar as raças que deram origem ao novo cachorrinho, por exemplo, o focinho é parecido com um Labrador. No entanto, raramente se consegue determinar com certeza as raças dos pais.
Assim, a escolha é essencialmente uma questão de gosto. Ou seja, se a sua família gosta particularmente do aspeto dos cães de determinadas raças ou se gosta mais do ar único de cada rafeiro. E claro, gostos não se discutem!
Nos cães de raça não é apenas o aspeto que conta. Os criadores também selecionam determinados traços de personalidade nos seus cães reprodutores que vão de encontro às especificidades da raça. Assim, ao levar para casa um cão de raça sabe mais ou menos o que esperar. Por exemplo, o comportamento e personalidade de um São Bernardo é muito diferente do de um Boxer. Também as características e necessidades de um Caniche são muito diferentes das de um Pastor Australiano.
Além disso, os cães de raça geralmente crescem na casa do criador, que tem vários cuidados na criação. Por exemplo, um criador sério assegura que os cachorros têm cuidados de saúde, uma boa alimentação e prepara-os para uma vida em família. Geralmente o criador preocupa-se com o futuro dos seus cachorros e por isso dá informações úteis aos novos donos. Assim, ao combinar as informações sobre a raça e as informações do criador fica com uma ideia muito clara sobre a personalidade e comportamento do seu novo amigo.
Em contrapartida, se optar por um cão rafeiro não pode contar com a ajuda de um criador e as informações sobre os pais do patudo são geralmente difíceis de obter. Assim, não é possível prever qual será a personalidade que um patudo sem raça determinada. No entanto, os funcionários das associações protetoras de animais geralmente são bastante experientes e por isso conseguem dar informações objetivas sobre os patudos que esperam ser adotados.
Os cães de raça pura resultam da criação selecionada, ou seja, os criadores escolhem para reprodução cães e cadelas que apresentam as características desejadas. Assim, a variabilidade genética dos cães de raça é reduzida aumentando a probabilidade do surgimento de doenças hereditárias. Por exemplo, sabemos que o Dachshund ou Teckel (popularmente conhecidos como salsicha) tem propensão para desenvolver doenças na coluna. Cães da raça Buldogue Francês ou Inglês desenvolvem com alguma frequência problemas respiratórios. Já os Pastores Alemães costumam sofrer de displasia da anca.
Por outro lado, os cães sem raça determinada não apresentam propensão ao aparecimento de doenças hereditárias. No entanto, isto não significa que estes patudos não adoeçam! De acordo com os seus antepassados um cão rafeiro pode apresentar problemas de saúde. Além disso, contrariamente aos cães de raça, os rafeiros nem sempre recebem acompanhamento veterinário desde cedo. Assim, alguns problemas de saúde podem passar despercebidos nestes patudos. Outro aspeto a considerar para garantir que o seu patudo vai ter uma vida saudável é a alimentação. Infelizmente, não é fácil saber se um cão rafeiro foi alimentado adequadamente. Em conclusão, sem saber as origens do patudo dificilmente consegue avaliar se o seu processo de criação e crescimento ocorreu dentro das normas.
Se optou por um cão de raça deve estar preparado para gastar algum dinheiro. Dependendo da raça, um patudo pode custar várias centenas de euros. O valor elevado destes cães justifica-se com os custos que um criador sério tem de suportar.
Já se escolher adotar um patudo a uma associação os custos são muito reduzidos. No entanto, lembre-se que são várias as despesas que tem de fazer com um cão ao longo da vida. Desde a comida, visitas ao veterinário, brinquedos ou o hotel para as férias.
Decidir entre um cão de raça ou um cão rafeiro não é fácil. Cada um tem as suas vantagens e desvantagens. Por isso, o melhor é seguir o seu instinto. Assim que vir o patudo que derrete o seu coração e da sua família, a decisão torna-se simples.
Desejamos que seja muito feliz com o seu novo amigo!
