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Imagens em movimento e sons de animais na televisão podem atrair a atenção do seu cão. Mas não é qualquer cão que identifica o que se passa no ecrã.
São muitos os vídeos de cães que circulam na internet que mostram cães a ver televisão entusiasticamente. Mas será que os cães conseguem ver televisão e, se sim, de que forma é que percebem as imagens?
Tratem-se de outros cães, pessoas ou objetos em movimento, como bolas de futebol, alguns cães reagem ao que vêem no ecrã da televisão. Alguns dos animais mostram-se felizes, enquanto outros reagem de forma agressiva e ladram.
Um estudo publicado em 2013 examinou se os cães reconheciam diferentes imagens num ecrã. Num ecrã de computador, os investigadores mostraram diversas imagens de focinhos de diferentes raças de cães e cruzamentos. Ao mesmo tempo, exibiram os focinhos de outras espécies de animais e pessoas.
Os resultados mostraram que nove dos cães estudados conseguiam distinguir as diferentes faces. Na verdade, todos os cães conseguiram classificar as imagens dos cães na mesma categoria.
Naturalmente, a reação dos cães aos programas de televisão também depende de fatores individuais. Além da raça, também a personalidade do animal influencia a reação.
Portanto, um cão territorial terá mais tendência para uma resposta agressiva do que um cão mais calmo.
Nem todos os programas são do interesse do seu cão. Mas o que motiva exatamente os cães a olharem com mais atenção para o ecrã? E de que modo entendem o que é mostrado?
Muitas vezes acontece que não é a imagem mas sim um som que desperta a atenção do seu cão. Aqui se incluem, acima de tudo, sons de outros cães e de outros animais. Por vezes, também pode acontecer com um toque de campainha ou o barulho de uma mota.
Porém, outros cães respondem simplesmente à imagem, embora não exista som de fundo. Isto acontece especialmente quando outros animais ou pessoas são mostrados da perspetiva do seu cão.
Em comparação com os humanos (50 / 60 Hertz), os olhos dos cães têm uma frequência crítica de cintilação maior (70 / 80 Hertz). Este conceito indica a frequência com que um estímulo de luz variável surge como constante ao observador. Isto significa que os cães processam imagens mais depressa.
Em televisões mais antigas (50 / 60 Hz), isto é, que exibem ainda menos frames por segundo, para os cães as cenas piscam. No entanto, isto mudou com o desenvolvimento da tecnologia LCD (Liquid Crystal Display). A frequência média dos aparelhos modernos está acima dos 100 Hertz. Portanto, aos olhos dos cães a imagem é muito constante.
Por este motivo, diz-se que o canal DogTV, especialmente criado para cães, usa mais frames por segundo. Além disso, os programas devem ajustar, além da luminosidade e da saturação, também a música e o contraste.
São muitos os cães que não fazem exercício suficiente ao longo do dia. Sobretudo se os donos trabalham muitas horas e têm pouco tempo para passar com os animais. Portanto, uma televisão ligada suscita interesse, pois as imagens a passar prendem a atenção.
No entanto, esta não é uma ocupação a longo prazo para o seu cão. Portanto, mais cedo ou mais tarde, o animal vai perder o interesse. Deste modo, não deve encarar a televisão como uma atividade para o seu cão.
Fontes:
Estudei medicina veterinária na Universidade Justus-Liebig em Gießen, onde pude ganhar alguma experiência em vários campos, como medicina para pequenos e grandes animais, medicina exótica, farmacologia, patologia e higiene alimentar. Desde então, não trabalhei apenas como autora veterinária. Também trabalhei na minha tese, que foi influenciada cientificamente. O meu objetivo é proteger melhor os animais contra patógenos bacterianos no futuro. Além do meu conhecimento, partilho as minhas próprias experiências como dono de um cão e, assim, consigo entender e dissipar medos e problemas, bem como outras questões de saúde animal.
