© tunedin / stock.adobe.com
Cidade ou campo, apartamento ou vivenda – em princípio, é possível morar com um cão em qualquer lado. Mas dependendo da planta e da localização existem raças mais ou menos adequadas para apartamentos ou vivendas. Para tal, damos-lhe dicas e exemplos de raças que se adaptam bem a cada um dos ambientes. Tenha em atenção: se não é o proprietário da casa é necessário obter a autorização do senhorio por escrito!
Desde um acolhedor T1 até um espaçoso duplex com terraço: os apartamentos podem ser muito diferentes. Analisemos as possíveis vantagens e desvantagens.
Um apartamento onde desde a porta de entrada até à sala de estar tudo está no mesmo nível, trata-se de uma grande vantagem. Assim, o seu patudo não tem que subir escadas. É ótimo, sobretudo quando são cachorros. Afinal, os cães jovens devem subir escadas com muito cuidado. Tem um jardim ou pátio no rés-do-chão do apartamento? Leia as nossas dicas sobre jardins no final deste artigo.
Raças de cães adequadas: se mora no rés-do-chão ou num prédio com elevador, se o apartamento for espaçoso e os vizinhos forem tolerantes, tem (quase) total liberdade na escolha da raça.
Raças de cães não adequadas: as exceções confirmam a regra, ou seja, cães de trabalho não são aconselháveis, devido à sua necessidade de movimento sobretudo se o apartamento for urbano. Estes patudos devem poder usufruir de bastante espaço e de um jardim seguro, além de muito entretenimento com os donos. Neste grupo incluem-se a maioria das raças de cães de caça, mas também cães extremamente ativos, como os border collie.
O seu apartamento é grande e espaçoso, mas mora no segundo andar? Então vai ter que levar o animal ao colo, pelo menos enquanto for cachorro. Umas escadas aqui e ali não são problemáticas. Porém, o risco de lesão das subidas e descidas descontroladas é grande. O mesmo se aplica em idades avançadas: raças de cães grandes podem desenvolver problemas nas articulações se subirem escadas regularmente. E, neste caso, são demasiado pesados para serem transportados ao colo.
Raças de cães adequadas: cães adultos de médio porte e pequeno podem subir escadas. No entanto, se mora no quinto andar, isto pode tornar-se, a longo prazo, prejudicial para os animais. Cães pequenos como os chihuahuas podem ser levados ao colo. “Cães de colo”, como o bichon bolonhês, o coton de tulear e outras semelhantes são também adequadas.
Raças de cães não adequadas: cães de caça, cães de trabalho e cães grandes com mais de 20 kg são menos indicados para viverem em andares altos. Se o animal sofrer das articulações, deve ser capaz de o carregar escadas acima. Devido à sua anatomia especial as seguintes raças, entre outras, não são adequadas para subir escadas com regularidade: teckel, buldogue francês, pequinês e basset hound.
© Africa Studio / stock.adobe.com
É adequado partilhar um T1 com um cão? Depende do inquilino! Nem todos os cães gostam de correr pela casa. Além disto, um cão que viva num T1 e acompanhe os donos para todo o lado é bem mais feliz do que um patudo que fica sozinho várias horas por dia num T5.
Raças de cães adequadas: todas as raças de cães pequenos sem muita necessidade de movimento. Alguns exemplos: spaniel japonês, bichon maltês, coton de tulear, bichon frisé, pug, buldogue francês. Variantes pequenas dos caniche e cavalier king charles spaniel também se sentem confortáveis em espaços pequenos. O mesmo se passa com o buldogue inglês e o dogue alemão. Naturalmente, o apartamento deve ser acessível sem o uso de escadas. Além disto, deve ser suficientemente espaçoso para que o animal não derrube nada ao mexer a cauda.
Raças de cães não adequadas: cães de caça, cães de trabalho, raças de cães muito ativas, retrievers.
Consegue ouvir o seu vizinho a usar a máquina de café ou a ressonar? Este aspeto pode influenciar a sua decisão em relação a determinada raça, pois alguns cães têm tendência para ladrar. Porém, saiba que ladrar em excesso pode ser sinal de stress ou de aborrecimento.
Raças de cães adequadas: os basenjis não conseguem ladrar, produzindo apenas um som que faz lembrar o canto à tirolesa. Em geral, estes cães são bastante calmos, sendo adequados para apartamentos pequenos e/ou situados em andares altos. Entre outros cães que pouco ladram contam-se: whippet, borzoi, cavalier king charles spaniel, golden retriever, labrador retriver, akita inu e buldogue francês.
Raças de cães não adequadas: os terriers tendem a ladrar. Assim, os yorkshire terrier, os cairn terrier e os west highland white terriers são raças menos apropriadas para apartamentos pouco isolados acusticamente. Os dobermann, os schnauzer miniatura, os caniche toy e anão, tal como os chihuahua e os pequinês, podem também eventualmente ladrar. Mesmo bem treinados, tendem a ladrar mais do que outros cães.
Perfeito para toda a família é poder morar numa vivenda – na companhia do vosso amigo de quatro patas. Regra geral, a vivência numa moradia é adequada para todas as raças de cães. Afinal, há muito espaço disponível e, na maioria dos casos, também um jardim. De acordo com a estrutura e o tamanho do cão pode definir zonas onde o animal não está autorizado a entrar – o quarto das crianças e o dos pais.
Raças de cães adequadas: qualquer raça canina, desde as grandes às pequenas, é indicada para morar numa vivenda. Porém, algumas desejam ter um grande jardim. Aqui se incluem o husky, o boiadeiro de berna ou o terra-nova, animais que se sentem mais confortáveis quando têm um jardim ao dispor.
Escadas: escadas de mármore ou subidas íngremes podem ser um problema para cachorros ou raças de cães grandes, mesmo numa vivenda. Proteja as escadas com barreiras para cachorros e, preferencialmente, mantenha cães de grande porte no piso térreo.
Mais espaço – mais perigos: quanto mais divisões, mais cuidado tem que ter para se certificar que todas as divisões são seguras para cães, sobretudo se tiver um cachorro. Peças pequenas que podem ser engolidas, plantas venenosas (dentro de casa e no jardim) e cabos são apenas alguns exemplos de perigos para os patudos. É possível atenuar os riscos ao dar gradualmente acesso às divisões.
Uma casa com jardim – que mais pode um cão querer? Tenha presente que um oásis verde pode esconder alguns perigos.
© Mikkel Bigandt / stock.adobe.com
Se a sua moradia for afastada das restantes, o facto de o seu patudo ladrar não perturbará os vizinhos, desde que não sejam excessivos. O jardim pode ser um problema se o animal passar lá muito tempo sozinho. Muitos cães acreditam que têm de guardar a propriedade. Isto pode ser um incómodo se o animal ladrar ao vizinho enquanto este corta a sebe. Mesmo sem vizinhos diretos é irritante se o cão ladrar a qualquer pessoa que passa. Caso não pretenda um cão de guarda, não o deixe sozinho no jardim demasiadas vezes. Se é para passar tempo no jardim, é melhor que o façam juntos. Mencionámos acima algumas raças mais silenciosas, como os basenji.
Um cão jovem irá provavelmente “reformular” o precioso jardim dos donos. Se plantou plantas e flores lembre-se que se o animal tiver acesso ao espaço, este pode ganhar um aspeto muito diferente em pouco tempo. Se necessário, limite certas áreas do jardim para as proteger do animal, como os canteiros dos vegetais.
Os cachorros tendem a pôr tudo na boca – e podem mesmo engolir algumas coisas. Por outras palavras, não deixe um cachorro sozinho no jardim, pois a seleção de objetos que pode engolir é quase infinita. Vejamos: pequenas pedras, bagas venenosas, bocados de madeira, cascasm abelhas… Qualquer coisa entra na boca dos pequenos exploradores.
Se tem um cão de caça ou um cão que gosta de saltar e de liberdade no geral então deverá proteger o jardim com uma vedação de dois metros de altura. Cães pequenos não precisam de vedações tão altas, embora alguns possam escavar por debaixo se ficarem sozinhos por longos períodos. Um jardim seguro não só protege o seu patudo dos perigos do exterior, mas também do gato do vizinho, dos condutores e ciclistas.
Alguns cães têm tendência a morder tudo o que é verde, incluindo plantas tóxicas. Entre as plantas venenosas de jardim incluem-se a hera (em especial as bagas da hera antiga), o buxo, o louro-cerejo, flores primaveris como as túlipas e muitas outras plantas. Não só as plantas, mas também os pesticidas podem ser tóxicos para o seu patudo.
