Caniche Miniatura

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O caniche miniatura é um companheiro divertido que adora estar com os donos.

Com cerca de 6 quilos, o caniche miniatura tem todas as características dos populares caniches. Além de uma energia quase sem fim, estes patudos são muito inteligentes e estão sempre prontos a acompanhar os donos onde quer que eles vão!

Aspeto: Qual o tamanho do caniche miniatura?

O caniche miniatura mede até 35 centímetros na cernelha e pesa, no máximo, 6 quilos.

Além do caniche miniatura, existem também o caniche médio, ligeiramente maior que pode pesar até 10 quilos. Além disso, existe o caniche grande que pesa até 25 quilos e mede 45 centímetros na cernelha. O caniche mais pequeno é o caniche toy, que pesa no máximo 4 quilos.

Características e cor do pelo

Independentemente do tamanho, um caniche é sempre um caniche! E todos os exemplares apresentam o famoso pelo encaracolado. Existem, no entanto, duas variantes, o pelo cacheado e o pelo encordoado. O pelo cacheado é fino, lanoso, farto, além disso deve formar alguns cachos e resistir à pressão da mão. Já o pelo encordoado é igualmente abundante e fino, mas forma os característicos cordões, que devem medir pelo menos 20 centímetros.

Relativamente à cor do pelo, os caniches miniatura podem apresentar diversas cores, como preto, castanho, prata, branco e com manchas pretas, também conhecido como arlequim.

Personalidade: alegre e cheio de energia

Em exposições, estes patudos costumam apresentar um aspeto algo extravagante e por isso algumas pessoas pensam que eles são mimados e exigentes. Além disso, estes patudos são muitas vezes associados a companheiros de pessoas com mais idade. No entanto, a verdade é que os caniches miniatura são cães muito alegres, inteligentes, adoram passear pela natureza e são extremamente fiéis.

Estes cães dão-se bem com outros, mas não demonstram grande interesse por pessoas estranhas. São também patudos atentos, mas não mostram agressividade. Comparativamente aos caniches maiores, estes são mais energéticos, contudo não são exigentes no que se refere a exercício e raramente demonstram instinto de caça.

Cuidados

Cuidados: a tosquia é obrigatória!

Muitas pessoas pensam que um caniche bem tosquiado precisa de cuidados exigentes. No entanto, a verdade é que além de precisarem de uma tosquia a cada dois ou três meses  os caniches miniatura não precisam de muitos mais cuidados. A tosquia permite também fazer diversos tipos de penteado, sendo que o mais comum deixar o pelo das patas, pernas e focinho comprido. Se tiver alguma prática e uma boa máquina de tosquiar pode tratar do pelo do seu patudo em casa. Claro que os patudos que participem em exposições devem ter mais cuidado com a sua imagem. Assim, se for o caso, informe-se sobre os vários tipos de penteado aceites nesses eventos.

Esta raça tem a enorme vantagem de não ter uma camada de subpelo e de o pelo não cair. Isto é excelente para quem não gosta de andar todos os dias a limpar o pelo da roupa e a aspirar a casa. O facto do pelo não cair significa que os donos devem usar pentes e escovas para, em confortáveis sessões de escovagem, eliminar os pelos mortos, que podem causar inflamações na pele.

Por fim, vigie as orelhas e ouvidos do seu patudo e verifique se ele não tem algum tipo de parasita.

Alimentação: uma dieta adequada à idade e nível de atividade

Uma alimentação saudável deve ser ajustada à idade e nível de atividade do seu patudo. Até aos 6 meses dê entre 3 a 4 refeições por dia ao seu caniche. Aos mais velhos, duas refeições diárias são o suficiente. Defina em casa um espaço calmo e reservado para o seu caniche comer e evite alterar o local.

Dica: Não dê as refeições sempre à mesma hora exata. Dessa forma evita que o seu patudo comece a ladrar quando a altura de comer se aproxima. Quando dá guloseimas ao seu patudo, reduza em termos proporcionais de energia e nutrientes a porção diária de comida. Assim, garante que o seu caniche não fica com peso a mais.

Para garantir uma boa higiene oral, dê ao seu caniche snacks de roer naturais, como, por exemplo, orelhas de vaca. Em alternativa pode também das snacks de higiene oral. Por fim, o seu patudo de pelo encaracolado deve ter sempre água fresca à disposição.

Viver com um caniche miniatura

Ter um caniche miniatura em casa

Os caniches miniatura são muito flexíveis e por isso encaixam bem na maior parte dos estilos de vida dos donos. Além disso, como gostam de ser o centro das atenções, estes patudos vivem felizes quer em famílias grandes, quer apenas com um dono.

Como o caniche miniatura não perde pelo é comum dizer-se que esta é a raça ideal para quem tem alergias. Infelizmente esta ideia não corresponde à realidade, visto que pele morta ou a saliva podem também desencadear reações alérgicas. Assim, antes de levar um patudo para casa certifique-se que ninguém na família tem algum tipo de alergia a cães.

Outro aspeto importante a ter em consideração é o que fazer com o seu caniche quando se ausentar de casa por períodos prolongados, por exemplo, nas férias. O caniche miniatura adora estar com a sua família, e por isso separações prolongadas podem causar muita ansiedade. Atualmente já é possível levar o seu patudo nas férias, visto que diversos locais aceitam que os donos levem os seus animais de estimação. No entanto, caso isso não seja possível o melhor é deixar o seu patudo com alguém que ele já conheça, por exemplo, amigos ou familiares.

Chegada a casa

Prepare também a sua casa antes do seu patudo chegar e compre os acessórios básicos. Desse modo, a chegada vai ser confortável para ele e para a sua família. Entre os acessórios que precisa estão o comedouro, comida para cachorro, coleira ou peitoral e trela, cama, manta e brinquedos. É também muito importante ter já em casa os acessórios relacionados com a higiene e saúde do seu patudo, como uma pinça para carraças. Caso tenha carro, compre também os acessórios necessários para ele andar de carro em segurança.

Antes de levar o seu patudo para casa, tenha também em conta os gastos regulares que terá com ele. Entre estes, os principais estão relacionados com a alimentação e as visitas ao veterinário para tomar vacinas e fazer check ups. Conte também com despesas maiores em caso de doença do seu patudo.

Educação

Educação: os caniches miniatura são fáceis de educar?

A regra geral é, quanto maior o caniche, mais fácil ele é de educar. No entanto, o caniche miniatura torna-se bem comportado se os donos seguirem alguns princípios básicos da educação canina. Na verdade, todos os patudos desta raça gostam de aprender e cooperar com os donos.

Para assegurar que vai ter sucesso ao educar o seu caniche miniatura, comece a treiná-lo em cachorro e use sons e palavras para lhe indicar o que deve ou não fazer. Em seguida, recompense-o sempre que ele apresente o comportamento desejado. Além disso, prefira sessões de treino curtas, mas frequentes, pois treinos prolongados podem tornar-se aborrecidos para o seu patudo e desmotivá-lo.

Atividades

Atividades: De quanto exercício precisa um caniche miniatura?

Estes patudos são conhecidos pela sua enorme flexibilidade no que se refere a atividades. Assim, o seu patudo pode acompanhá-lo em longos passeios pela natureza, pode praticar desportos caninos como, por exemplo, agility, ou ainda durante curtos passeios a cavalo. Por fim, estes cães também prezam passar algumas tardes aconchegados aos donos no sofá. Na verdade, para estes cães o mais importante é estarem na companhia dos donos.

Mas além do aspeto físico, estes inteligentes cães precisam igualmente de estimulação intelectual. Assim, nunca casa onde vive um caniche miniatura não devem faltar brinquedos de inteligência. Outra forma de estimular o seu patudo é ensinar-lhe truques, que depois pode integrar no dia-a-dia.

Por fim, dog dancing é uma atividade divertida que agrada a donos e caniches miniatura. Para praticar este desporto, o patudo deve aprender alguns truques que depois são integrados numa coreografia.

Caniche miniatura castanho sentado no sofá com uma bola © bernardbodo / stock.adobe.com
Os caniches miniatura são muito inteligentes e adoram brincar.

Saúde

Saúde: os caniches miniatura são propensos a ficar doentes?

Apesar desta ser uma raça considerada saudável, existem algumas doenças típicas da raça. Entre estas estão, por exemplo, duas doenças oculares, a atrofia progressiva da retina (APR) e as cataratas. Ambas as doenças podem levar à cegueira. A APR pode ser evitada se os criadores testarem os seus cães procriadores e excluírem da criação os que apresentem os genes desta doença. No que se refere à forma hereditária das cataratas, também os cães com esta doença devem ser retirados da criação. No entanto, existe uma forma de cataratas não hereditária, que está associada por exemplo aos diabetes. Por fim, estes patudos também apresentam tendência a desenvolver luxação da rótula.

Quanto anos vivem os caniches miniatura?

Um patudo saudável pode viver até aos 17 anos.

Comprar um caniche miniatura

Onde comprar um caniche miniatura?

Se o caniche miniatura é o seu cão de eleição, em primeiro lugar procure um criador adequado. Lembre-se que como dono e amante da raça deve contribuir para a sua preservação. Assim, não compre um caniche miniatura se não tiver a certeza que o criador tem em atenção as boas práticas em relação à saúde e bem estar dos cães.

O criador que escolher deve recebê-lo em sua casa com prazer e não apresentar qualquer reticência em deixar que visite as instalações dos seus patudos. E não prescinda de uma visita presencial, pois terá uma oportunidade única para conhecer cachorrinhos e pais. Também vai ficar com uma noção de como o criador conduz o processo de socialização dos seus cachorros. Até às 9 semanas, os cachorros estão particularmente abertos a novas experiências e aprendizagens e por isso uma socialização carinhosa e rica é essencial

Qual o preço de um caniche miniatura?

Um criador sério e responsável pede entre 1.600 e 1.800 euros por um caniche miniatura.

Criação: cuidados com as pechinchas

Um criador de caniche miniatura que segue os procedimentos de criação corretamente fará certamente parte de uma associação de criadores. Além disso, só entrega os cachorrinhos já desparasitados, vacinados e com certificado de origem, onde consta a sua ascendência. Naturalmente, o criador também se vai interessar sobre o seu estilo de vida e experiência com cães.

Se o criador que escolhe levantar dúvidas, não lhe compre um cachorrinho. As vítimas das más práticas de criação são os futuros donos, mas ainda pior os cachorros e cães procriadores. Um criador que tem apenas como objetivo ganhar dinheiro não vai fazer os exames nem ter os cuidados de saúde que os cães necessitam. Além disso, as cadelas não têm o período de descanso necessário entre gravidezes. Assim, não se deixe enganar por ofertas baratas e sem documentos.

Adotar um caniche miniatura de uma associação

Se não fizer questão de ter um cachorrinho, pode procurar o seu caniche miniatura numa associação de proteção de animais. Nestas associações pode encontrar um patudo desta raça para adoção, que ficará muito contente em ter uma nova família. Procure na internet informações sobre estas associações e fale com os funcionários que o poderão informar sobre os patudos que estão disponíveis para adoção.

História: descendentes de cães de água

A história desta raça está bem patente no nome alemão da raça, pudel, que deriva do verbo puddeln, que por sua vez significa chapinhar na água. E na verdade, existem documentos, os mais antigos datam do século 14, que descrevem cães de água com pelo encaracolado. No entanto, existem também representações da Grécia Antiga de cães tosquiados de forma a parecerem leões, que provavelmente são caniches ou seus antepassados próximos.

No século 17, patudos com pelo encaracolado eram muito populares na Europa. De acordo com os registos, estes cães eram maiores do que o caniche miniatura e com peso entre 10 a 20 quilos eram considerados cães de porte médio.

De caçador a cão de companhia

Sendo cães inteligentes que aprendiam com facilidade e traziam a caça eficientemente, estes patudos tornaram-se populares entre os caçadores. Durante a caça, estes cães eram utilizados principalmente para aves aquáticas. Nessa situação, a tosquia era particularmente importante. O pelo de zonas como a testa, peito, cernelha e articulações das patas não era cortado, de forma a proteger o corpo do frio da água. Já o pelo do resto do corpo era tosquiado para aumentar a capacidade dos patudos nadarem.

No século 18, os caniches atraíram a atenção da nobreza. No entanto, as perante outras raças de cães de pelo curto, os caniches perderam o seu lugar na caça e assim tornaram-se cães de companhia de damas da nobreza. Mais tarde, já no século 20 estes patudos de pelo encaracolado tornaram-se parte de vários espetáculos de circo. Durante esta fase a criação aprimorou a raça tornando-a ainda mais popular.

Nesta altura, foram várias as celebridades que não conseguiram resistir ao charme destes patudos. Um famoso dono de caniches foi o primeiro-ministro britânico Winston Churchill. O seu famoso caniche miniatura castanho, Rufus II, que teve uma vida muito preenchida, viveu 15 anos e foi enterrado no jardim de Churchill.

Inicialmente existiam apenas dois tamanhos reconhecidos de caniches. No entanto, em 1936, a FCI reconheceu oficialmente a raça caniche miniatura e produziu o padrão de raça correspondente. Nessa altura, a FCI considerou que esta raça era originária de França. Nos anos 90, a raça caniche toy, a mais pequena das raças caniche, foi também reconhecida oficialmente.

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