Abcessos em cães
© ShutterDivision / stock.adobe.com
O seu patudo andou a brincar com outro cão e agora apareceu-lhe um inchaço? Ou de repente apareceu um inchaço ao pé do olho? Então provavelmente o seu patudo está com um abcesso. Neste artigo encontra as informações mais importantes sobre o aparecimento e tratamento de abcessos em cães.
Sumário
O que é um abcesso?
De acordo com a definição médica, um abcesso é uma bolsa de pus que se instala e pode crescer nos tecidos do organismo. O pus é um líquido um tanto espesso que se forma quando o organismo tenta combater o desenvolvimento de uma infeção bacteriana. Assim, um abcesso é uma espécie de inflamação causada por bactérias. No entanto, existem casos em que o abcesso não resulta da presença de bactérias. Por fim, os abcessos nos cães surgem com maior frequência na pele, fígado, saco anal ou na próstata.
Quais as causas dos abcessos em cães?
Teoricamente um abcesso pode surgir em qualquer órgão do corpo e a forma de desenvolvimento é geralmente a mesma. Assim, se bactérias como, por exemplo, estafilococos, escherichia coli ou clostridium, entrarem no organismo, o sistema imunitário reage causando a inflamação dos tecidos. O objetivo do sistema imunitário é eliminar as bactérias permitindo assim que os tecidos afetados se regenerem. Se o organismo não conseguir atingir plenamente este objetivo surge o abcesso.
O surgimento do abcesso implica sempre o aparecimento de uma cavidade ou bolsa formada de tecidos mortos em que se aloja o pus. Este líquido viscoso e geralmente de cor amarela é composto por bactérias mortas, células dos tecidos e do sistema imunitário. O abcesso fica separado do tecido saudável por uma parede de tecido fibrótico ou de granulação que vai ajudar no processo de cicatrização da ferida. Infelizmente, nalgumas situações esta cavidade abre e formam-se fistulas. As fistulas tornam o tratamento da inflamação e infeção mais difícil.
Localizações possíveis dos abcessos
- Zona perianal: surge em consequência de uma inflamação das glândulas anais.
- Próstata (machos): causada por bactérias que atingem a próstata através do sangue ou urina.
- Dentário: causado por inflamação das gengivas, causadas por exemplo por cáries
- Pulmões: A presença de corpos estranhos, parasitas ou tumores causam a produção e acumulação de pus nos pulmões. Este tipo de abcesso é bastante raro nos cães.
- Pâncreas: este tipo de abcesso resulta geralmente de uma peritonite e não costuma apresentar pus.
- Fígado: os abcessos no fígado surgem em consequência de lesões ou de inflamações em outros órgãos. No caso dos cachorros estes abcessos podem ser consequência de infeções umbilicais.
- Pele: as causas mais comuns são feridas causadas por mordidas ou a entrada de corpos estranhos na pele.
Na verdade os abcessos podem surgir praticamente em qualquer local do corpo. Além disso, o surgimento subsequente de fístulas não é raro.
Sintomas do abscesso em cães
Quando os cães têm abcessos externos, os donos conseguem identificar o problema, pois o inchaço é visível. No entanto, se o abcesso se situar num órgão interno perceber o que se passa com o seu cão pode não ser fácil. Assim, apresentamos abaixo os principais sintomas a que deve estar atento. E se o seu patudo apresentar sintomas inespecíficos não deixe de o levar ao veterinário.
Principais sintomas dos abcessos
- Inchaço
- Dores: Os cães com dores muitas vezes apresentam alterações no seu comportamento normal. Assim, os patudos podem ficar mais parados e com relutância em se mexer ou com falta de apetite. Além disso, os patudos apresentam uma grande sensibilidade ao toque na zona do abcesso, mesmo quando este não é visível, ou seja, quando está numa zona interior do corpo. Por fim, os patudos podem sentir dores ao urinar ou defecar.
- A zona da pele à volta do abcesso fica avermelhada.
- Acumulação de pus no interior do abcesso. A consistência do pus varia de líquido a muito viscoso.
- Febre, mal-estar generalizado, perda de apetite e emagrecimento.
Diagnósticar abcessos em cães
Se o seu patudo se sentir mal, apresentar algum inchaço, dores ou outras alterações de comportamento, não adie a visita ao veterinário. Na consulta o veterinário começa por recolher informações junto dos donos para conseguir algumas pistas para o diagnóstico. Assim, é importante saber que vacinas o patudo tomou, problemas de saúde prévios, eventuais acidentes ou alterações no ambiente em que o cão vive.
Em seguida o veterinário faz um exame de saúde geral e caso o patudo apresente um inchaço essa zona vai ser alvo de observação detalhada. Nesse caso, o veterinário verifica, por exemplo, se existem marcas de uma mordida ou outras lesões na zona inchada. É importante sublinhar que um abcesso facilmente se distingue de um tumor. Contrariamente aos tumores, nos abcessos, a zona do inchaço está mais quente e dentro da bolsa do abcesso está o pus. O pus pode ser removido facilmente através de uma punção.
Para verificar se o patudo tem um abcesso interno o veterinário realiza exames imagiológicos. Desse modo, e de acordo com a localização, o veterinário pode fazer uma ecografia ou radiografia.
Quais os tratamentos para os abcessos em cães?
Para tratar um abcesso, os veterinários geralmente recorrem a cirurgias ea tratamento com medicamentos:
- Antes da cirurgia a zona afetada tem que ser desinfetada e o pelo raspado.
- Durante a intervenção cirúrgica os patudos são monitorizados. Além disso recebem anestesia local ou mesmo geral se necessário.
- O abcesso é drenado e a bolsa é limpa. Para tal, o veterinário usa soluções assépticas ou antibióticas de acordo com a situação.
- Nalguns casos pode ser necessário fazer uma omentalização, por exemplo, nos abcessos da próstata. Nesses casos é colocada uma tela na cavidade do abcesso para drenar e promover a cicatrização da ferida.
- Administração de analgésicos e, se necessário, antibióticos.
Atenção: o processo de cura dos abcessos em cães pode ser demorado e exigir cuidados por parte dos donos. No entanto, não desanime!
Prognóstico para os abcessos em cães
O prognóstico dos abcessos depende da sua localização e estado evolutivo. Assim, se o abcesso for pequeno e estiver intato, o prognóstico é muito bom. Por outro lado, se o abcesso romper e não for tratado, as bactérias podem entrar no sangue e ser fatal.
Prevenção: Como evitar que o meu cão tenha um abcesso?
Se o seu patudo foi mordido, arranhado por um gato ou se tem um corpo estranho alojado na pele deve limpar e desinfetar a ferida. No caso das mordidas, os donos podem não se aperceber de feridas mais pequenas onde facilmente se desenvolvem inflamações e consequentemente abcessos. Assim, se o seu patudo foi mordido, examine-o cuidadosamente. Além disso, em caso de dúvida não hesite em levar o seu patudo ao veterinário.
Viste a nossa loja e descubra a nossa oferta de produtos de higiene para o seu cão.