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Veterinário usa um evaporador para anestesiar um cão.
A anestesia revolucionou não só a Medicina, como também a Medicina Veterinária. Pois, atualmente, esta é a única forma de se fazerem procedimentos cirúrgicos maiores em animais. No entanto, os anestésicos podem ter riscos para a saúde dos pacientes. Isto também se aplica aos cães. Portanto, é importante ter conhecimento das vantagens e desvantagens da anestesia em cães.
Regra geral, a anestesia comporta riscos para a saúde do seu cão. Não importa quão em forma e saudável o animal está antes do procedimento: podem ocorrer complicações que, no pior dos casos, podem ser fatais.
Portanto, os cães só devem ser anestesiados tão frequentemente quanto necessário. É por isto que muitos donos de cães optam por fazer tratamentos adicionais, como remoção da placa dentária, durante um procedimento necessário e já marcado, para evitar uma segunda anestesia.
Antes de qualquer anestesia, tem que ser feita uma entrevista detalhada ao dono (anamnese) e uma avaliação clínica ao animal. Deste modo, podem ser excluídas possíveis doenças cardíacas ou outras doenças subjacentes. Além disso, é necessário saber se o animal tem problemas nos rins ou no fígado. É algo que se pode determinar através de análises ao sangue, por exemplo.
Dependendo da razão para a anestesia do animal, podem ser necessários mais exames preliminares. Por exemplo, se o cão tiver problemas articulares ou ósseos, é comum serem feitas ecografias ou radiografias.
É assim que a anestesia funciona:
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Os veterinários distinguem três tipos diferentes de anestesia:
Cada método tem as suas vantagens e desvantagens, listadas abaixo.
A anestesia por inalação é considerada a forma mais delicada e segura. Usa-se um evaporador para passar o líquido anestésico para o estado gasoso.
Depois, o veterinário introduz o gás anestésico (geralmente uma mistura de gás de isoflurano com oxigénio) diretamente no organismo do cão, pelas vias respiratórias. Para tal, usa-se, por exemplo, uma máscara (numa caixa de indução ou através de um tubo) ou um cateter pela traqueia.
Dependendo da substância, o veterinário irá administrar o anestésico ao animal com uma seringa por debaixo da pele, no músculo ou na veia. Ao injetar o agente diretamente no vaso sanguníneo, a substância entra no organismo mais depressa, pelo que o efeito é mais rápido.
Para facilitar o uso da substância, muitos veterinários inserem um cateter venoso. Assim, conseguem rapidamente administrar medicação adicional, como analgésicos ou uma nova dose de anestesia durante o procedimento.
É comum os animais uivarem e vacilarem durante algumas horas. A anestesia injetável envolve um maior risco anestésico, pois uma injeção é significativamente mais incontrolável do que outros métodos.
Para a TIVA, o veterinário irá inserir um cateter venoso, através do qual irá administrar anestésicos de efeito curto. Muitas vezes é usado propofol, em combinação com outras substâncias ativas.
Os cuidados pré e pós cirurgia têm um impacto significativo no risco de complicações durante um procedimento futuro com anestesia em cães. Portanto, siga as instruções do seu veterinário. Pode também ter em conta as seguintes informações como guia:
Não dê comida ao seu cão entre as 12 e 15 horas anteriores ao procedimento. Este jejum é muito importante, pois o reflexo da deglutição não ocorre durante a anestesia. Se o estômago do seu patudo não estiver totalmente vazio, o animal pode engasgar-se ao adormecer ou ao acordar. No pior dos casos, restos de comida podem entrar nos pulmões e causar pneumonia.
Também é vantajoso o seu cão ter oportunidade de esvaziar o intestino e a bexiga antes do procedimento. No entanto, evite que o animal faça demasiados esforços antes do procedimento. Porque isso pode afetar a sua circulação.
Podem ocorrer muitas complicações depois da anestesia. Portanto, mantenha-se vigilante mesmo depois de o procedimento terminar. Acima de tudo, dê ao seu cão tempo suficiente para recuperar da anestesia. Se tiver outros cães, foque-se principalmente neste e dê-lhe bastante água fresca.
Se o animal estiver com frio, pode usar uma esteira aquecida ou uma botija de água quente para o ajudar. Porém, certifique-se de que não está demasiado quente (máximo 40 °C) ou há o risco de provocar queimaduras graves.
Uma anestesia comporta sempre riscos de saúde para o seu cão. As seguintes complicações podem ocorrer durante ou depois da anestesia:
Por este motivo, o veterinário irá sempre ter à mão medicação, como antiarrítmicos, estabilizantes da pressão arterial ou da circulação e outros meio de assistência, como ventiladores ou fornecedores de oxigénio, que podem salvar o vida do seu patudo.
No entanto, perante o risco de paragem respiratória ou cardíaca, muitos destes meios e medidas de reanimação podem não conseguir ajudar. Portanto, é de extrema importância ter presente que, com anestesia, há sempre um determinado risco de mortalidade.
Os riscos da anestesia dependem de vários fatores. Por exemplo, da idade e da condição geral de saúde do animal. Doenças subjacentes, como as que afetam o sistema cardíaco, também podem aumentar os riscos da anestesia.
Pois estes fatores influenciam funções fisiológicas importantes. Por exemplo, os anestésicos respondem com muito mais força em cães idosos do que em cães de meia idade.
Os custos de uma anestesia dependem de fatores como o tamanho do cão, a duração do procedimento ou o tipo de anestesia. Portanto, não é possível estimar os custos sem informação mais detalhada.
Além disso, os custos dos serviços necessários para anestesias dependem de clínica para clínica. Aconselhamos informar-se detalhadamente em diversas cllínicas antes de optar por uma.
A indução da anestesia e a monitorização durante e após o procedimento são dispendiosos. Portanto, se optar por que seja feito um procedimento adicional durante esse tempo, o valor da fatura irá aumentar. Para uma limpeza dentária com anestesia, por exemplo, o valor médio situa-se entre os 350 e os 400 euros.
Fontes:
Estudei medicina veterinária na Universidade Justus-Liebig em Gießen, onde pude ganhar alguma experiência em vários campos, como medicina para pequenos e grandes animais, medicina exótica, farmacologia, patologia e higiene alimentar. Desde então, não trabalhei apenas como autora veterinária. Também trabalhei na minha tese, que foi influenciada cientificamente. O meu objetivo é proteger melhor os animais contra patógenos bacterianos no futuro. Além do meu conhecimento, partilho as minhas próprias experiências como dono de um cão e, assim, consigo entender e dissipar medos e problemas, bem como outras questões de saúde animal.
