Parvovirose Canina
© Syda Productions / stock.adobe.com
Algumas das mais perigosas doenças que os nossos cães apanham são causadas por vírus. Entre estas está a parvovirose, uma das mais graves. Saiba mais sobre a parvovirose canina, que tratamentos existem e como proteger o seu patudo.
Sumário
- A Parvovirose canina é mesmo perigosa?
- Quais são os principais sintomas da parvovirose canina?
- Como se faz o diagnóstico da parvovirose canina?
- Quais os tratamentos para esta doença?
- Qual o prognóstico da parvovirose canina?
- Quais as causas desta doença?
- Como evitar que o seu cão apanhe parvovirose canina?
A Parvovirose canina é mesmo perigosa?
A parvovirose canina é uma doença altamente contagiosa que apresenta vários sintomas graves. Além disso esta doença pode causar a morte em poucos dias, especialmente a cachorros e cães não vacinados. No entanto, com um tratamento adequado a probabilidade de cura cresce substancialmente.
Quais são os principais sintomas da parvovirose canina?
Logo após a infeção, os cães costumam apresentar febre e fraqueza generalizada. O período de incubação dura entre quatro e sete dias e é então que surgem os sinais clínicos mais graves, como vómitos intensos e persistentes. Em seguida os cães costumam apresentar diarreia aquosa com sangue. Em consequência dos problemas gastrointestinais causados pela parvovirose canina, os patudos perdem muitos líquidos e ficam facilmente desidratados. Além disso, o vírus desta doença também ataca o coração e o sistema imunitário causando inflamações do músculo cardíaco e infeções secundárias.
Dado o forte impacto negativo desta doença, os patudos mais frágeis, ou seja, os cachorros, os cães seniores ou cães não vacinados podem morrer em consequência de problemas cardíacos.
Resumo dos principais sintomas:
- Febre e fraqueza
- Vómitos intensos e persistentes
- Diarreia aquosa e muitas vezes com sangue
- Desidratação
- Enfraquecimento do sistema imunitário
- Aparecimento de infeções secundárias
Como se faz o diagnóstico da parvovirose canina?
Visto que são várias as doenças que causam diarreia e vómitos, o veterinário inicia a consulta com a recolha de informações junto aos donos. Em seguida tem lugar um exame geral à condição física do patudo.
Se o veterinário suspeitar de parvovirose canina seguem-se exames mais específicos, como por exemplo análises ao sangue. Geralmente os cães com esta doença apresentam poucos glóbulos brancos, vermelhos assim como plaquetas. Além disso, a análise às fezes também deteta o vírus.
Quais os tratamentos para esta doença?
Se a parvovirose canina for detetada precocemente é geralmente possível salvar o patudo. No entanto, os animais doentes precisam habitualmente de ser internados numa fase inicial do tratamento. O objetivo do internamento é neutralizar os sintomas mais graves da doença para permitir a recuperação total em casa.
As intervenções médicas aconselhadas são:
- Fluidoteapia para combater a desidratação
- Administração de antibióticos para combater infeções secundárias
- Medicamentos protetores do estômago
- Medicamentos contra os vómitos – antieméticos
- Medicação contra as dores – analgésicos
Qual o prognóstico da parvovirose canina?
Quando o veterinário consegue diagnosticar esta doença precocemente e o tratamento se inicia rapidamente o prognóstico é bom, especialmente em cães adultos. Além disso, os primeiros dias da doença são os mais graves e por isso se o cão conseguir sobreviver aos primeiros quatro a cinco dias a probabilidade de cura aumenta.
No entanto, esta doença é bastante mais grave em cachorros, pois o seu sistema imunitário ainda não está completamente desenvolvido. Assim, a probabilidade de sobrevivência dos cachorros com parvovirose é menor. Também os cães não vacinados estão em maior perigo.
Quais as causas desta doença?
A parvovirose é causada pelo parvovírus canino tipo 2, o qual tem três variantes – a, b e c. A severidade dos sintomas depende da variante que o cão apanhou. Além disso, o parvovírus canino 2b também pode infetar os gatos.
Este vírus é altamente contagioso e consegue sobreviver fora do hospedeiro por períodos longos. Assim, como este vírus está presente nas fezes e um dos principais sintomas desta doença é a diarreia, o vírus espalha-se rapidamente. Além disso os cães podem apanhar a doença através do contato indireto com objetos contaminados.
Uma vez dentro do corpo, este vírus entra nas células e multiplica-se rapidamente. Os órgãos mais afetados são o estômago, intestinos, coração e tecido linfático, como a medula óssea. Assim, os sintomas desta doença estão diretamente relacionados com os órgãos afetados.
Como evitar que o seu cão apanhe parvovirose canina?
Dada a gravidade desta doença, que pode mesmo ser fatal, é importante adotar medidas para a prevenir.
Vacinação
Existe uma vacina contra o parvovírus canino desde a década de 70 do século passado. Através da vacina o cão desenvolve anticorpos contra o vírus. Assim, mesmo que o patudo entre em contato com o vírus não fica doente.
Em Portugal a única vacina obrigatória é a vacina antirrábica. No entanto, entre a comunidade veterinária existe um consenso quanto à administração da vacina contra a parvovirose, dado ser uma doença potencialmente fatal. Assim, a primeira administração da vacina deve acontecer entre as seis e as oito semanas de idade. A vacina deve ser reforçada de acordo com as instruções do veterinário. Além disso, esta vacina precisa de um reforço regular, ou seja, geralmente o cão deve receber o reforço todos os anos.
Medidas a adotar em caso de doença
Se tiver mais do que um cão e um deles tiver parvovirose canina deve adotar medidas para evitar a propagação da doença imediatamente.
Importante: Os animais infetados devem ser imediatamente isolados visto que o vírus ativo está presente nas fezes durante pelo menos uma semana. Além disso, todos os objetos com os quais o cão esteve em contato devem ser também imediatamente isolados. A zona onde o patudo faz as suas necessidades deve ser desinfetada regularmente e as fezes removidas o mais rapidamente possível. Objetos como comedouro ou brinquedos devem ser desinfetados regularmente e não devem ser partilhados com outros cães.
Por fim, tenha muito cuidado ao tratar do seu patudo. Use luvas descartáveis quando pegar nele e ponha a roupa para lavar depois do contato.
Certifique-se que o desinfetante que utiliza é eficaz contra o parvovírus canino, pois nem todos o são.