Ocelote
© saad / stock.adobe.com
O ocelote (Leopardus pardalis) é um animal selvagem que vive nas florestas e matas da América Central e do Sul. Vagueia solitariamente à noite e as suas presas são roedores, répteis e peixes. Durante muito tempo, o seu apelativo pelo fez do ocelote uma cobiçada vítima de caçadores. Por este motivo, a população de ocelotes diminuiu bastante. Atualmente, a espécie é protegida e não se encontra ameaçada.
Sumário
- Bilhete de identidade do ocelote
- Aspeto: pequeno gato musculado com padrões únicos
- Habitar: paisagens florestais e de mato
- Comportamento típico: notívagos solitários
- Alimentação: o que come o ocelote?
- Reprodução: a criação dos filhotes é responsabilidade da fêmea
- Perigo: que inimigos tem o ocelote?
- É possível ter um ocelote como animal de estimação?
- Conclusão: animal selvagem e não doméstico
Bilhete de identidade do ocelote
Descrição: | O ocelote vive em florestas e savanas. São excelentes a trepar e a nadar. |
Comprimento cabeça e corpo: | 55-100 cm |
Peso: | fêmeas até aos 10 kg, machos até aos 15 kg |
Esperança média de vida: | até cerca dos 10 anos, à guarda humana até cerca dos 20 anos |
Personalidade: | noturno, solitário |
Pelo: | curto, denso, fino |
Cores do pelo: | Cor base: cinzento até ocre ou amarelo-alaranjado, com rosetas individuais, pintas e listras |
Investimento na educação: | não domesticável |
Origem: | América Central e do Sul |
Aspeto: pequeno gato musculado com padrões únicos
Com um corpo que pode medir entre 55 a 100 centímetros, o ocelote tem cerca do dobro do tamanho de um gato doméstico. Esta característica insere-o no grupo dos felinae de médio porte.
A cauda oscila entre os 25 e os 41 centímetros, sendo, assim, bastante curta. Relativamente ao peso, o ocelote pesa entre sete a 15 quilos, sendo os machos maiores e mais pesados do que as fêmeas.
O seu físico é atarracado e musculado. Estes animais têm membros fortes e garras retráteis. Portanto, são excelentes a trepar. Os olhos castanhos dos ocelotes são grandes e as orelhas são arredondadas.
Cor e padrão do pelo
O pelo do ocelote é curto, denso e fino. A cor base varia de acordo com o habitat. Portanto, animais que vivem em zonas de floresta quentes e húmidas têm pelo que varia entre o ocre e o amarelo-alaranjado. Em contraste, ocelotes que havitam em savanas secas apresentam um pelo mais acinzentado. A barriga é mais clara, praticamente branca em todos os exemplares.
Além disso, o pelo do ocelote apresenta diferentes padrões, como rosetas, anéis, pintas e listras. Os padrões são diferentes em cada animal. Muitas vezes, o lado esquerdo do corpo tem padrões diferentes do direito.
Habitar: paisagens florestais e de mato
O habitat natural dos ocelotes é a América Central e do Sul. A sua área de distribuição estende-se desde o sul do EUA, passando pelo México e Colômbia, Peru e Argentina. Além disso, a espécie também pode ser encontrada na ilha de Trinidade. A maior parte da população é encontrada na bacia do rio Amazonas.
Estes animais vivem em diversos habitats, como florestas tropicais e florestas de montanha secas. Além das zonas florestais, estes gatos de porte médio também podem ser encontrados em zonas de mato e savanas como também nas zonas em redor. Regra geral, somente áreas abertas são evitadas pelos ocelotes. Pois precisam da proteção da vegetação e dos arbustos para serem bem-sucedidos na caça.
Comportamento típico: notívagos solitários
Os ocelotes são animais solitários. Caçam sobretudo à noite ou ao entardecer e dormem durante o dia. No entanto, em dias nublados e mais frescos podem ver-se, por vezes, antes do pôr do sol.
Porém, costumam passar os dias escondidos em buracos nas árvores ou em ramos bem altos. Os ocelotes não só trepam como são também bons nadadores.
À caça
À noite, os ocelotes vagueiam pelo seu território. Cobrem vários quilómetros por dia em busca de comida, sendo que os machos se afastam mais do que as fêmeas. O tamanho do território pode variar entre dois a 31 quilómetros quadrados. Normalmente, os machos têm um território maior do que as fêmeas.
Os ocelotes marcam os limites do seu território com urina e fezes e também com marcas de arranhões em árvores. Os territórios de machos e fêmeas podem parcialmente sobrepor-se. Mas exemplares da mesma espécie não são tolerados no mesmo território.
Alimentação: o que come o ocelote?
O menu do ocelote inclui roedores, como agutis, porcos-espinhos e gambás, mas também mamíferos maiores, como bugios, preguiças e pequenos veados.
Embora sejam bons trepadores, estes gatos caçam sobretudo no chão. No entanto, ocasionalmente apanham pássaros. Mas as presas do ocelote não se ficam por aqui, incluindo ainda iguanas, caimões e serpentes, além de anfíbios, peixes, caranguejos e insetos.
Normalmente, estes animais caçam enquanto correm. Porém, também podem aguardar pacientemente pela sua presa. Alguns ocelotes, por exemplo, procuram especificamente os esconderijos dos agutis e esperam até que os roedores saiam.
Reprodução: a criação dos filhotes é responsabilidade da fêmea
Machos e fêmeas só se encontram para acasalar. Em regiões mais frias, o acasalamento tem lugar no outno. Já nos territórios tropicais, é provável que não exista uma época de acasalamento fixa.
Após uma gestação de cerca de 80 dias, as fêmeas dão à luz entre um a três bebés, que criam sozinhas. Para tal, constroem um ninho protegido, por exemplo, no buraco de uma árvore ou numa fenda.
Os gatinhos nascem cegos e pesam entre 200 a 280 gramas. Passadas cerca de duas semanas, os recém-nascidos abrem os olhos. Uma semana mais tarde, começam a andar.
Como crescem os pequenos ocelotes?
Os jovens ocelotes acompanham a mãe na caça e vão-se gradualmente tornando independentes. Por volta dos três meses, cada um segue o seu caminho. No entanto, a mãe tolera os gatos adolescentes no seu território por mais dois a três anos. Depois disso, terão que ter encontrado o seu próprio território.
Perigo: que inimigos tem o ocelote?
Os inimigos naturais do ocelote incluem grandes predadores felinos, como jaguares e pumas, mas também jiboias e aves de rapina.
Vítimas de caça furtiva e destruição ambiental
No entanto, a maior ameaça para o ocelote é o Homem. No passado, estes animais eram caçados de forma intensiva pelo seu pelo. Atualmente, porém, o comércio de pele de ocelote é banida pela Convenção de Washington sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (CITES). Ocasionalmente, porém, estes animais ainda são caçados ilegalmente.
Porém, uma ameaça maior do que a caça furtiva é a destruição do seu habitat. Os animais precisam da proteção da vegetação e dos arbustos para conseguirem caçar com sucesso. Em zonas de maior densidade populacional, muitos animais acabam por ser vítimas do trânsito.
O ocelote não está atualmente em perigo
Tendo em conta que a espécie foi colocada sob proteção, o número de animais recuperou em muitas zonas. Portanto, atualmente o estado de conservação da espécie é classificado como “pouco preocupante”. Porém, a constante deflorestação das florestas tropicais e a degradação ambiental pode mudar muita coisa.
É possível ter um ocelote como animal de estimação?
O ocelote é um animal selvagem e, portanto, não é indicado para ter como animal doméstico. No entanto, jovens animais são muitas vezes capturados e comercializados ilegalmente.
Portanto, se gosta mesmo de animais, nunca deve comprar um ocelote. Simplesmente, não é possível adotar e ter um ocelote de forma apropriada à espécie. Além disso, em muitas sítios é estritamente proibido ou rigorosamente regulamentado.
Se quer ver um ocelote, visite um jardom zoológico. Estes pequenos gatos podem ser encontrados em muitos jardins zoológicos europeus. Muitas vezes estão lá para promover projetos de conservação da natureza e de espécies na América Central e do Sul.
É possível domesticar um ocelote?
São muitas as pessoas fascinadas por estes graciosos gatos da América do Sul e pelos seus padrões de pelo. Fotografias e vídeos de gatos selvagens a viver em habitações privadas circulam nas redes sociais de tempos a tempos. No entanto, o facto é que os ocelotes são animais selvagens e não é possível domesticá-los.
Uma alternativa ao ocelote é a raça ocicat. Visualmente faz lembrar um ocelote selvagem, mas foi criado através do cruzamento entre siameses e abissínios. Portanto, o ocicat não é um gato híbrido que levanta questões do ponto de vista do bem-estar animal, tratando-se sim de um puro gato doméstico.
Conclusão: animal selvagem e não doméstico
Embora os acelotes não estejam, hoje em dia, ameaçados, o seu habitat está a ser continuamente destruído. O comércio ilegal, tanto do pelo como dos próprios animais, está a afetar a população de animais selvagens. Portanto, é por isto que se adora verdadeiramente animais nunca deve comprar um ocelote.
Fontes: