Os sentidos dos gatos
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Conhecemos bem os cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato. Mas o que sabe sobre os sentidos dos gatos? E sobre o misterioso sexto sentido?
Sumário
Os sentidos dos gatos: a visão
Em primeiro lugar é importante sublinhar que, tal como todos os outros sentidos, também o sentido da visão está perfeitamente adaptado ao estilo de vida dos gatos.
Existem muitas semelhanças entre a constituição dos olhos dos gatos e das pessoas. No entanto, existem também diferenças muito importantes. Por exemplo, os gatos têm um número muito superior ao nosso de bastonetes, células especializadas em distinguir o claro e escuro. Por outro lado, os gatos têm menos cones, células da retina que distinguem as cores. Assim, se por um lado os gatos têm uma capacidade inferior à nossa para identificar cores e tonalidades, eles veem muito melhor no escuro.
Por fim, como os gatos estão mais ativos ao entardecer, eles têm uma membrana específica, conhecida como tapetum lucidum na parte posterior do olho. Esta membrana permite aos gatos usar de forma extremamente eficaz qualquer raio de luz, mesmo os mais suaves, para percecionar o ambiente à sua volta.
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A audição dos gatos
Quem tem um gato conhece bem as suas excelentes capacidades auditivas, que ultrapassam em muito as humanas. Assim, além de ouvirem três vezes melhor do que uma pessoa com capacidades auditivas médias, os gatos também ouvem frequências inacessíveis ao ouvido humano. Contudo as diferenças não ficam por aqui. Os gatos têm uma audição tridimensional, o que lhes permite, por exemplo, localizar uma presa com extrema precisão. Esta capacidade está diretamente relacionada com a constituição das orelhas, que possuem mais de 30 músculos, permitindo aos gatos manobrá-las em diversas direções, ou seja, eles conseguem virar cada orelha para uma direção diferente ao mesmo tempo. Por fim, a posição e movimentação das orelhas faz parte da linguagem corporal dos pequenos felinos.
Para saber mais sobre as fantásticas capacidades auditivas dos gatos leia o nosso artigo: Como funciona audição dos gatos?
Os sentidos dos gatos: paladar e olfato
Também o olfato dos gatos é superior ao dos seres humanos, o que não é de espantar já que os gatos têm cerca de três vezes mais células olfativas. Assim, os cheiros têm um papel essencial na vida dos gatos. Por exemplo, um gato só vai comer o que lhe cheirar bem. Além disso, os gatos usam os cheiros para comunicar uns com os outos.
Em termos de paladar os gatos distinguem os sabores azedo, salgado e amargo, mas são indiferentes ao sabor doce, pois como caçadores este sabor não tem utilidade. Assim, em termos gerais pode-se dizer que o paladar nos seres humanos é mais apurado. No entanto, o olfato dos gatos compensa o paladar menos apurado, visto que os gatos conseguem saborear odores. Para tal, os gatos usam órgão de Jacobson, localizado na cavidade bucal, atrás dos dentes da frente. Este órgão permite aos gatos identificar e processar feromonas ou a marcação de território. E é por isso que os gatos também apresentam o chamado reflexo de Flehmen, que identifica quando vê o seu gato com a boca semiaberta, lábio superior levantado, narinas mais abertas, olhos vidrados e respiração mais ofegante.
Bigodes como forma de perceção
Os bigodes, que os especialistas denominam vibrissas, permitem acima de tudo que os gatos se orientem. Contrariamente ao que muitas pessoas pensam, estes pelos especialmente compridos, não crescem apenas nas bochechas, eles crescem também na zona superior dos olhos e nas patas dianteiras.
O que distinguem os “bigodes” dos pelos normais dos gatos são os folículos, que estão cercados por inúmeras terminações nervosas diretamente ligadas ao cérebro. Assim, um pequeno estímulo aos bigodes é percecionado pelo cérebro quase instantaneamente. As vibrissas são úteis em praticamente todas as atividades dos gatos. Por exemplo, quando um gato está a caçar, as vibrissas das patas recebem as vibrações do chão causadas pelo movimento da presa.
O conhecido “sexto sentido” dos gatos
O sexto sentido dos gatos geralmente refere-se à capacidade destes animais de se anteciparem a acontecimentos futuros. Por exemplo, gatas que levam os seus gatinhos para um local seguro antes de um incêndio ou os gatos que se apercebem de uma doença fatal do dono. No entanto, a ciência tem explicações para estas situações, como por exemplo, o facto de as pessoas à beira da morte emanarem odores que os gatos conseguem percecionar, mas os seres humanos não. Assim, os investigadores do comportamento animal não acreditam que os gatos possuam um sexto sentido. No entanto, quem vive com um gato sabe que muitos dos seus comportamentos continuam a ser um mistério!
Conheça melhor o seu gato e leia o nosso artigo sobre o ronronar dos gatos.