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São muitas as cobras-do-milho que encantam com o seu impressionante tom cor de laranja.
É uma das cobras mais populares nos terrários europeus: a cobra-do-milho (Pantherophis guttatus). Neste nosso artigo descubra o que caracteriza esta bonita e fascinante cobra e as considerações a ter para a ter no terrário.
A cobra-do-milho pertence ao grupo das cobras não venenosas dentro do género Elaphe. Portanto, a sua toxicidade não é uma preocupação.
No entanto, se a sua cobra lhe morder, a ferida pode infetar rapidamente. Então, é importante higienizar a ferida rapidamente.
Com o seu corpo fino, a cobra-do-milho tem um aspeto quase esbelto, em comparação com outras cobras constritoras. Os bonitos desenhos da sua pele, com muitos detalhes, são especialmente impressionantes.
As marcas negras ou cor de laranja delimitam a cor base da cobra-do-milho. Podem verificar-se diferentes formas, com uma inclinação mais circular ou mais angular.
A cobra-do-milho também nos fascina com a sua enorme variedade de cores. Isto também acontece porque há cada vez mais criadores a ganhar o gosto pela criação de novas variantes de cores de espécies de cobras.
Portanto, pode encontrar exemplares da cobra-do-milho em inúmeras cores: cor de laranja, verde, castanho e cinzento. É de ressalvar que as cobras das regiões mais a sul são com frequência mais coloridas do que as oriundas de zonas de clima mais temperado.
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As cobras-do-milho são classificadas como cobras de tamanho médio. As fêmeas podem chegar a ter 1,4 metros de comprimento e os machos a 1,7 metros. Dependendo do género e da idade, esta espécie de cobra pesa entre 200 a 800 gramas.
Para manter uma ou mais cobras-do-milho, vai precisar de um terrário bem desenvolvido. Naturalmente, o tamanho do terrário aumenta em relação ao número e comprimento dos animais.
Exemplo: uma cobra-do-milho adulta e totalmente desenvolvida deve viver num terrário com as medidas mínimas de 120 x 60 x 120 centímetros. Se tiver uma segunda cobra, são necessários uns adicionais 20% a mais de espaço.
Todos os seres vivos precisam de um sítio para se resguardarem de tempos a tempos, incluindo as cobras. Pode facilmente conceber pequenas grutas com pedras ou mesmo adquirir grutas nas lojas de animais domésticos especializadas. Além disso, pode cobri-las com um pouco de musgo e tornar o refúgio mais camuflado.
Tendo em conta que as cobras-do-milho gostam de trepar, o terrário (um aquário com uma cobertura apropriada também funciona) deve ser alto o suficiente. Se assim não for, a cobra tem a possibilidade de expressar o seu comportamento natural e, no pior dos casos, pode adoecer.
Raízes, ramos e pedras constituem oportunidades perfeitas para trepar. Mas se quiser dar um toque especial ao terrário e decorá-lo com plantas tenha presente que devem ser plantas adequadas para o terrário.
Além disso, é essencial haver sempre disponível um recipiente com água. Este deve ser suficientemente grande para que a cobra se possa tomar banho.
A temperatura e a humidade têm um papel importante na manutenção de animais exóticos. Felizmente, a cobra-do-milho é, por natureza, bastante resistente.
Durante o dia, deve ajustar o nível de humidade para os 50-60%. A partir do entardecer e durante a noite deve aumentar o nível para 70%. Mas se a sua cobra-do-milho estiver no período de muda, pode mesmo aumentar para os 80%.
Quanto à temperatura, durante o dia é recomendável que ronde os 24 a 28 graus Celsius. De forma a que a sua cobra-do-milho possa “apanhar sol” é importante existir uma área no terrário com 35 graus Celsius. À noite, no entanto, a temperatura do terrário pode baixar para cerca dos 20 graus Celsius. Nesse período é suficiente se o terrário da cobra-do-milho estiver à temperatura ambiente.
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A noturna cobra-do-milho é uma verdadeira mestre da escalada. É deste modo que consegue chegar a ninhos de aves sem grande esforço – uma delícia para o seu palato. Acabada a caça noturna, é tempo de o Pantherophis guttatus descansar. É algo que a cobra-do-milho prefere fazer dissimulada e protegida da agitação do dia.
Quando surpreendida por alguma coisa ou por alguém, esta espécie mostra-se, por norma, assustadiça- . Só raramente é que esta atitude de timidez se altera para uma agressão defensiva. Curvam o seu dorso delgado em forma de “S” e avançam a sibilar.
Naturalmente, as cobras-do-milho hibernam. Durante este período, não caçam presas. Portanto, deve proporcionar à sua cobra-do-milho as condições para hibernar. O período depende da região de origem do animal.
Em ambiente selvagem, a notívaga cobra-do-milho passa normalmente o tempo à procura de anfíbios e répteis. Mas pequenos mamíferos e aves também entram no menu da cobra-do-milho. Portanto, pode alimentar a sua cobra com ratazanas ou ratos congelados ou alimento vivo.
Em geral, ao alimentar a sua cobra, deve assegurar-se de que não tem contacto direto com as presas. Porque se tocar na comida sem pinças, vai estar a transferir o seu cheiro para a mesma. Como consequência, a sua cobra poderia recusar a comida.
A frequência da alimentação depende, entre outras coisas, da idade da sua cobra. Quando jovem, uma cobra-do-milho come uma a duas vezes por semana.
Animais ainda em processo de crescimento, por outro lado, precisam de ingerir menos comida. Portanto, é suficiente se os alimentar a cada uma ou duas semanas. Os animais adultos, no entanto, só precisam de comer uma ou duas vezes por mês.
Muitas das cobras-do-milho mantidas em terrários têm excesso de peso. Portanto, estes animais têm mais tendência para desenvolver doenças do que cobras em boa condição física. A maioria das doenças está, então, associada à manutenção e alimentação destes animais exóticos. Portanto, certifique-se de que segue sempre as recomendações em conformidade.
Se a sua cobra exibir algum dos seguintes sintomas é tempo de a levar ao veterinário:
Se respeitar as necessidades da sua cobra-do-milho, pode esperar uma companhia por muitos anos. Então, podem viver entre 12 a 15 anos, uma idade semelhante à de outros animais de estimação.
A cobra-do-milho, que pertence à família das víboras, é oriunda da América do Norte. Em temperaturas mais frescas ou mais quentes, a sua área de distribuição estende-se entre os Estados Unidos e o Canadá.
Portanto, pode encontrar esta bonita espécie não só em zonas de mato áridas, mas também em florestas ou zonas húmidas. As cobras-do-milho podem mesmo viver perto de cidades e de outras zonas bem populadas.
O preço de uma cobra-do-milho depende de muitos fatores diferentes. Aqui se incluem não só género e idade, mas também a cor e os padrões do animal. Em média, pode esperar entre 100 a 120 euros por animal. Mas podem existir flutuações de preço maiores, dependendo do criador.
Além disso, não deve subestimar as outras despesas (com o terrário, por exemplo), além dos custos associadas à manutenção diária de uma cobra. Além da comida e da manutenção do terrário, pode vir a ter despesas veterinárias.
Infelizmente, o mercado negro de animais exóticos, como cobras, aranhas e etc., é bastante significativo. Vendedores e criadores deúbios tentam fazer muito dinheiro com os animais – em detrimento dos animais.
Importante: nunca compre animais selvagens, pois estes estão sempre associados a problemas de espécies ameaçadas.
Portanto, antes de escolher uma cobra, deve atentar na forma como é tratada e no seu estado de saúde. O criador parece-lhe de confiança? Parece importar-se com o bem-estar dos animais? Pode informá-lo acerca da origem da cobra ou prefere não responder às suas perguntas? Estas são questões importantes para colocar ao criador na sua primeira visita.
A cobra-do-milho é popular porque também é indicada para principiantes. Pode pegá-las com um gancho e não estão expostos a muito perigo.
No entanto, nunca deve adotar uma cobra-do-milho a não ser que conheça muito bem a espécie. Porque sem este conhecimento de base, a sua bonita cobra pode rapidamente adoecer. Portanto, informe-se e tenha sempre em conta as recomendações básicas e a alimentação recomendada.
Fontes:
Estudei medicina veterinária na Universidade Justus-Liebig em Gießen, onde pude ganhar alguma experiência em vários campos, como medicina para pequenos e grandes animais, medicina exótica, farmacologia, patologia e higiene alimentar. Desde então, não trabalhei apenas como autora veterinária. Também trabalhei na minha tese, que foi influenciada cientificamente. O meu objetivo é proteger melhor os animais contra patógenos bacterianos no futuro. Além do meu conhecimento, partilho as minhas próprias experiências como dono de um cão e, assim, consigo entender e dissipar medos e problemas, bem como outras questões de saúde animal.
