Gerbo
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O gerbo, ou esquilo-da-Mongólia, é oriundo das estepes da Mongólia. Estes pequenos e bonitos roedores são muito sociáveis, precisam de muito exercício e em nenhuma circunstância devem ser tidos sozinhos.
Sumário
Aspeto do gerbo
Originalmente, na natureza, a tonalidade do pelo do gerbo oscila entre cor de areia a castanho médio na parte superior e entre branco a creme na parte inferior.
Entretanto, também é feita criação de gerbos pretos, dourados e prateados. Além disso, é possível encontrar variantes malhadas. Em animais saudáveis, o pelo é denos e tem um brilho sedoso. As unhas destes roedores são escuras.
Qual o tamanho do gerbo?
Os gerbos crescem até os dez centímetros, aproximadamente. Também contam com uma cauda peluda que tem mais ou menos o mesmo tamanho. Relativamente ao peso, oscilam entre os 80 e os 100 centímetros, embora possa variar bastante dependendo do sexo e da estrutura física.
Em geral, são magros, com cabeça redonda e focinho pontiagudo.
Carácter: os gerbos são animais sociáveis
Os gerbos são animais de grupo. Em ambiente selvagem, vivem juntos em colónias, onde cuidam do pelo uns dos outros e dormem juntos. Portanto, estes ratos nunca devem ser tidos individualmente, mas sem em grupos.
Tratando-se de animais sociais, os esquilos-da-Mongólia exibem comportamentos e formas de comunicação bem abrangentes. Por exemplo, usam muitas vezes as unhas em lutas por hierarquias e defesas de território, que podem resultar em feridas graves em consequência de mordidelas.
Sabia que? Em Latim, o nosso dos gerbos é Meriones unguiculatus. Significa qualquer coisa como “guerreiros com garras”.
Audição apurada e olfato notável
Os gerbos têm uma excelente audição. Avisam os outros animais da espécie para a presença de preadores com sons de frequência ultrassónica. Durante a corte, os machos usam sinais ultrassónicos para agradar à sua amada.
Também o olfato está muito bem desenvolvido. Para comunicar com outros ratos, usam não só sinais acústicos, como também odores segregados pelas glândulas do corpo.
É possível domesticar um gerbo?
Não é possível fazer generalizações sobre este assunto. De facto, alguns gerbos ficam domesticados mais depressa do que outros e outros não ficam domesticadas de todo.
Regra geral, estes animais são muito ativos tanto durante o dia como durante a noite. Adoram trepar e saltar. Banhos de areia regulares também não lhes podem faltar.
Ter um gerbo
Ter um gerbo: no mínimo, um par
Não deve ter menos do que um par de esquilos-da-Mongólia, pois estes animais precisam absolutamente do contacto com outros animais da mesma espécie. Certifique-se que o par do é do mesmo sexo, pois os gerbos reproduzem-se muito depressa.
Além disso, quanto maior o grupo maior a probabilidade de ocorrerem conflitos, que, muitas vezes, acabam mal. Portanto, um grupo de dois gerbos é o recomendável para principiantes.
Atenção à integração
A socialização dos animais jovens não é, regra geral, complicada. No entanto, a integração de animais adultos requer muita experiência e paciência.
Está comprovado que separar animais que não se conhecem através de uma grade é um bom princípio. Deste modo, têm oportunidade de se conhecer sem perigo.
Em nenhuma circunstância os gerbos devem partilhar a gaiola com outras espécies. Devido ao seu complexo comportamento social e de comunicação, os mal-entendidos e os conflitos estão-lhes nos genes.
Os esquilos-da-Mongólia não são indicados para crianças pequenas.
Reprodução
Depois de um período de gestação (gravidez) de 23 a 26 dias, uma fêmea dá à luz, por norma, a uma ninhada de quatro a oito crias.
Os pequenotes pesam apenas cerca de três gramas quando nascem. Além disso, nascem sem pelo e cegos.
Passados dois dias, o pelo começa a crescer e, duas semanas depois, os bebés abrem os olhos. Entre as três e as quatro semanas de vida, começam a comer sozinhos.
Acomodação e cuidados
Alojamento: é recomendável um terrário para roedores
Tanto aquários com terrários para roedores (nagarium) são as melhores opções de alojamento para gerbos. Protegem-nos das correntes de ar, às quais os roedores são especialmente sensíveis. Além disso, são espaçosos e podem ser enchidos com muita palha, essencial para os animais cavarem.
Uma cobertura com grades é útil para evitar que os animais escapem, ao mesmo tempo que permite a circulação de ar.
Estes velozes animais precisam de muito espaço para se movimentarem. Portanto, o tamanho do terrário para roedores deve ter, no mínimo, 10 x 50 x 50 centímetros.
Oportunidades para se ocuparem são importantes
Para uma vida em pleno, os pequenos roedores precisam de suficientes oportunidades para se ocuparem. Além dos acessórios básicos, como bebedouros e comedouros, também não podem faltar casinhas para dormir, túneis, areia para banhos e brinquedos.
As rodas de exercício também são importantes para os gerbos. No entanto, não devem ter buracos e devem ser grandes o suficiente. Se assim não for, não respeitam o bem-estar dos animais.
Além disto, substitua a água diariamente e lave bem os comedouros e os bebedouros. Porém, a palha só deve ser trocada na totalidade uma vez por semana. Vegetais e qualquer outra comida fresca também deve ser removida todos os dias.
Banhos de areia para os cuidados do pelo
Já que estes roedores limpam o pelo uns dos outros, não são necessários cuidados adicionais com o pelo. No entanto, não se deve esquecer que os gerbos devem ter ao seu dispor um local para tomarem os seus banhos de areia. Este deve ser limpo diariamente.
Os animais saudávesi têm pelo sedoso e brilhante. Deve-se a uma secreção oriunda de uma glândula no abdómen.
Porém, deve assegurar-se que tanto os dentes com as unhas do esquilo-da-Mongólia se desgastam o suficiente. No entanto, com a ajuda de pedras para roer ou azulejos do avesso, o desgaste deve acontecer por si.
Se não for o caso, o melhor é falar com um veterinário. Tal como todos os roedores, tanto as unhas como os dentes crescem ao longo de toda a vida e pode ser doloroso para os animais se ficarem demasiado grandes.
Alimentação
Alimentação: o que comem os gerbos?
No seu habitat natural, os gerbos alimentam-se principalmente de ervas, sementes e, ocasionalmente, de insetos. Como alimento de base, o melhor é uma mistura rica em nutrientes.
Pode adicionar comida fresca pobre em açúcar em pequenas quantidades. Para satisfazer as necessidades de proteína animal, pode oferecer-lhes, de vez em quando, larvas de inseto ou gafanhotos vivos.
Além disso, devem ter sempre ao seu dispor água fresca e feno.
Saúde
Quais as vulnerabilidades do gerbo?
No caso específico do esquilo-da-Mongólia, não se conhecem doenças que exijam medidas preventivas. No entanto, tumores e acidentes vasculares cerebrais não são fora do comum. Feridas em consequência de mordidas também são muito comuns.
Em casos de diarreia, deve consultar um veterinário o mais depressa possível. Pois pode dar-se perda perigosa de líquidos.
Qual a esperança de vida de um gerbo?
Se tido de acordo com as necessidades e exigências da espécie, o esquilo-da-Mongólia pode viver entre três a cinco anos. Portanto, a sua esperança média de vida é ligeiramente superior à dos outros ratos.
Origem
Origem do gerbo
O esquilo-da-Mongólia (Meriones unguiculatus) pertence à família dos roedores e as suas origens remontam às estepes e aos semidesertos da Ásia. São erradamente chamados gerbil.
O seu habitat estende-se das estepes da Mongólia no norte da China até ao sul da Rússia. Portanto, os animais estão adaptados a invernos frios e a verões quentes. Na natureza, vivem em sistemas de túneis subterrâneos. Além disso, é também aí que guardam os seus mantimentos.
Compra: quanto custa um gerbo?
Um gerbo custa entre cinco e vinte euros. Pode adotar um gerbo comprando-o a um criador especializado mas também num abrigo de animais.
Ainda que o mais fácil seja a compra numa loja de animais, os especialistas não o aconselham. Pois os animais nem sempre são tidos de acordo com as exigências da espécie.
Conclusão
Os gerbos adoram movimento e são roedores muito sociáveis. No entanto, o seu valor bastante acessível não deve esconder o facto de que ter estes animais é relativamente exigente. E não devem, em nenhum caso, ser tidos individualmente.
Fonte: